Descomplicando o direito, tornando o conhecimento acessível a todos

Artigo 215 do Código Penal – Violação sexual mediante fraude

O que é o Artigo?

O Artigo 215 do Código Penal Brasileiro trata da violação sexual mediante fraude, configurando uma forma de crime sexual em que a vítima é levada a consentir em uma relação sexual através de engano ou manipulação. Essa norma busca proteger a liberdade sexual da pessoa, assegurando que o consentimento seja dado de forma clara e sem qualquer tipo de coação ou desinformação. A violação sexual mediante fraude é um crime que pode ocorrer em diversas situações, onde a confiança da vítima é explorada pelo agente, levando a um consentimento que, de outra forma, não teria sido dado.

Transcrição Original do Artigo

O Artigo 215 do Código Penal Brasileiro estabelece: “Violar, mediante fraude, o consentimento da vítima, para obter relação sexual: pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.” Este artigo é um importante dispositivo legal que visa coibir práticas abusivas e garantir a dignidade da pessoa humana, especialmente no que diz respeito à sua sexualidade e liberdade de escolha.

Entendendo o Artigo

Para entender o Artigo 215 do Código Penal, é fundamental considerar o conceito de fraude no contexto sexual. A fraude pode se manifestar de várias formas, como a utilização de mentiras, omissões ou manipulações emocionais que levam a vítima a acreditar em uma situação que não é verdadeira. Por exemplo, um indivíduo pode se passar por outra pessoa ou criar uma falsa identidade para conquistar a confiança da vítima, levando-a a consentir em uma relação sexual. A legislação brasileira reconhece que o consentimento obtido dessa maneira é inválido, pois não reflete a verdadeira vontade da pessoa, que foi enganada.

Exemplos Práticos de Aplicação do Artigo

Um exemplo prático da aplicação do Artigo 215 pode ser observado em casos onde uma pessoa finge ser um profissional de saúde para seduzir a vítima, alegando que um exame médico é necessário. Outro exemplo é quando alguém utiliza fotos manipuladas ou falsas promessas para atrair a vítima para uma relação sexual, criando uma realidade que não existe. Em ambos os casos, a vítima é levada a consentir a relação sexual sob uma falsa premissa, o que caracteriza a violação sexual mediante fraude. Esses exemplos ilustram a importância da proteção legal contra práticas que desrespeitam a autonomia e a dignidade da pessoa, reforçando a necessidade de um consentimento informado e verdadeiro.